sábado, 20 de março de 2010

Brincar é mais que aprender

A brincadeira é uma experiência essencial, um modo de decidir como percorrer a própria vida com responsabilidade

Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso. Ao fazer essas atividades, elas vivem experiências fundamentais. Daí porque se interessam em repeti-las e representá-las até criarem ou aceitarem regras que possibilitem compartilhar com colegas e brincar e jogar em espaços e tempos combinados.


Por que jogar e brincar pede a repetição? Esses desafios encantam pelo prazer funcional de sua realização. Mesmo que se cansem, as crianças querem (esperam) continuar jogando e brincando. Há um afeto perceptivo, ou seja, algo que agrada ao corpo e ao pensamento. Até o medo e a dor ficam suportáveis, interessantes, porque fazem sentido. Por isso, trata-se de uma experiência que pede repetição por tudo aquilo que representa ou mobiliza. Graças a isso, aprendemos a identificar informações ou qualidades nas coisas ou em nós mesmos - para reconhecer coisas agradáveis e desagradáveis e, assim, variar as experiências e combiná-las das mais variadas formas.

Por que jogar e brincar são formas de representação? Uma das conseqüências maravilhosas, nesse contexto de repetir, variar, recombinar e inventar, é poder criar representações. Quando brincam de casinha, as crianças vivem a experiência de reconstruir o cotidiano e simbolizar a vida. Graças a isso, podem suportar ou compreender os tempos que a mãe, por exemplo, fica longe delas. Representar, mesmo num contexto de faz-de-conta, supõe envolvimento. O representado não está fisicamente aqui, mas simbolicamente sim. Envolver-se é relacionar-se com as coisas de muitos modos. E inventar situações mediadas por pensamentos e histórias construídos na brincadeira. É estar entre, fora, longe, perto, acima, abaixo, é construir simbolicamente um modo de imitar, jogar, sonhar, comunicar e falar com o mundo, inventando uma história nos limites das possibilidades e necessidades.

No primeiro ano de vida, a criança aprende a distinguir entre um sugar que alimenta (o seio) e um sugar que não alimenta (no vazio ou aplicado a um objeto). Graças a isso, pode continuar sugando pelo prazer. A partir do segundo ano, ela aprende a representar, a substituir as coisas pelos sons ou gestos que lhes correspondem. Mas, igualmente, aprende a usar as representações para simbolizar, isto é, recriar a seu modo as coisas e pessoas que lhe são caras. Aprende a jogar ou brincar com a realidade, para representá-la. No processo de desenvolvimento, essas transformações separam sua vida em antes e depois.

Por que jogar e brincar pede formas organizadas de expressão? Para repetir e fazer de conta basta uma pessoa. Mas, ao se desenvolver, a criança não quer só brincar de - ela quer brincar com. Jogos sempre foram experiências de troca. Daí a importância de estabelecer contratos, fixar limites de espaço e tempo, definir objetivos. Realizar um percurso é uma das brincadeiras preferidas das crianças. Mesmo que não saibam, elas estão representando e se preparando para repetir outro percurso que nos foi concedido ao nascer. Percorrer a vida é a tarefa, o problema ou o desejo de todos nós. Não escolhemos a vida, mas devemos escolher os modos de vivê-la. O caminho percorrido não volta. O caminho a percorrer deve ser decidido aqui e agora. Nos jogos, é possível repetir e criar regras, errar e começar de novo. Graças a isso, o outro percurso ganha sentido e passa a ser vivido com mais liberdade e responsabilidade.


Lino de Macedo

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/brincar-mais-que-aprender-jogos-brincadeiras-aprendizagem-541594.shtml

domingo, 7 de março de 2010

Homenagem ao dia internacional da mulher

Queridas mulheres, aceite esta singela homenagem ao nosso dia.
Patabéns!!!


Aos olhos do pai - Diante do Trono

Aos olhos do Pai você é uma obra-prima que ele
planejou
Com suas próprias mãos pintou
A cor de sua pele, os seus cabelos desenhou
Cada detalhe num toque de amor

Você é linda demais, perfeita aos olhos do Pai

Alguém igual a você não vi jamais
Princesa Linda demais, perfeita aos olhos do Pai
Alguem igual a você não vi jamais
Aos olhos do Pai você é uma obra-prima que Ele planejou
Com suas próprias mãos pintou
A cor de sua pele, os seus cabelos desenhou
Cada detalhe num toque de amor
Nunca deixe alguem dizer, que não é querida
Antes de você nascer, Deus sonhou com você

Assédio Moral

Saiba o que é considerado assédio moral e como a Justiça trata o assunto
!
Por: Karla Santana Mamona
04/03/10 - 13h50
InfoMoney


SÃO PAULO – Tramita na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei (6757/10) que inclui na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) a indenização por coação moral no ambiente de trabalho, mais conhecida como assédio moral. A proposta prevê que o juiz dobre o valor da indenização nos casos em que a culpa for exclusiva do empregador.

A matéria estabelece que o profissional poderá considerar rescindido o contrato e pleitear indenização quando a empresa ou superior hierárquico praticar coação moral que atinja a dignidade da pessoa e/ou crie condições de trabalho humilhantes ou degradantes.

Segundo a advogada trabalhista da Pires e Gonçalves Advogados Associados, Juliana Idalgo de Souza, os profissionais que vão à Justiça devido ao assédio moral pedem indenização por dano moral.

“Não existe na legislação algo específico para assédio moral. Por isso, os casos de ação contra empresas que coagiram os trabalhadores são considerados dano moral, já que a legislação para dano moral é muito abrangente”, explica Juliana.

Assédio moral
A Justiça só considera o assédio ou coação moral quando o profissional é exposto a situações humilhantes ou constrangedoras repetitivamente. “A jurisprudência entende atos sistemáticos e reiterados”, afirma a advogada.

Essas situações vão desde expor o profissional a humilhações, ameaçar, constranger ou até mesmo não receber ordens dos líderes nem tarefas, ato que pode discriminar e ainda deixar entendido que a pessoa é incompetente. Geralmente, o assédio é mais comum por parte dos chefes, mas existem casos em que colegas são os agressores.

Problemas de saúde
Profissionais que sofrem de assédio moral podem ter problemas emocionais, ansiedade, desenvolver a síndrome do pânico, gastrite, estresse e síndrome de burnout, que é caracteriza por ser um distúrbio psíquico devido ao esgotamento físico e mental intenso.

“O assédio moral prejudica o indivíduo em sua integridade, por isso é muito importante que a pessoa se fortaleça para não entrar no jogo”, afirma a vice-presidente de projetos da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Sâmia Simurro.

Como se defender
Tanto as humilhações por parte dos líderes como a dos colegas podem ser condenadas pela Justiça. Mas a defesa não é tão simples, pois é necessário ter provas que afirmam o que foi relatado.

“O problema está em conseguir provas. As melhores provas são testemunhas que presenciaram os fatos, mas isso é um problema, porque se os colegas ainda estiverem trabalhando naquela empresa, não vão querer testemunhar”, disse Juliana.

Os profissionais que processam as empresas não correm o risco de serem prejudicados no mercado de trabalho, já que a consulta por parte das empresas aos processos jurídicos não estão facilmente disponíveis.

“Não dá para procurar de maneira simples um processo por meio do nome ou CPF. Isso só é possível se for pago. As empresas que estão com processos seletivos abertos perderiam muito tempo para analisar todos os candidatos. E caso isso fosse feito, seria uma maneira de discriminação”, finaliza Juliana.